Monday, November 06, 2006

Chuínga .02

A mulher traída não tardou a surgir. César, editor triunfante de obras leves no conteúdo mas maciças nos proventos, ligara-se, em termos que excediam largamente os profissionais, a uma das suas autoras. Mas, qual homónimo de tempos idos, a sede de conquista estava entranhada em si, e não conseguia deixar de perseguir outros géneros literários. Despeitada no amor, que não no físico, a autora... chamemos-lhe Constança, o sigilo impede clarezas maiores... Constança desaparecera levando consigo o manuscrito da presumível bomba literária do ano. Bomba no sentido em que César apostava nela para rebentar os seus cofres bancários, de tão cheios.
E agora recorria a mim para encontrar a galinha da obra de ouro. Porquê eu? Dentre todos os detectives privados desta cidade manhosa, porquê eu?
«A sua fama precede-o, senhor Ego»
«E a má sorte persegue-me»

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