Sunday, October 22, 2006

A badana

Há algo crepuscular
na luz difusa que emana
da orla pronta a dobrar
do livro, sua badana.

Manancial floreado
ajuda, finta e engana,
elogio entusiasmado,
chama laranja à banana.

Tem a sua utilidade,
não sonho negar o facto,
entre inverdade e verdade,
dá um empurrão ao acto.

Quando se sentir ousado
talvez tomorrow, mañana:
corte pelo picotado,
e jogue fora a badana.

3 Comments:

Blogger RS said...

Ó, a singeleza do acto! Bem-vindo de volta à blogosfera, caro Óscar Machico. Ou estarei enganado?

8:30 PM  
Anonymous Anonymous said...

Há uma certa e determinada editora que me parece ter o hábito de usar badanas prontas a picotar. A poesia do real deve ser isto. Apenas uma ressalva: não será rima entre banana e badana um pouco ousada?

12:00 AM  
Blogger Leituria said...

Prezado Sérgio: quiçá, quiçá, quiçá.

Caríssimo RS: Não estais, não estais.

5:33 PM  

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