A badana
Há algo crepuscular
na luz difusa que emana
da orla pronta a dobrar
do livro, sua badana.
Manancial floreado
ajuda, finta e engana,
elogio entusiasmado,
chama laranja à banana.
Tem a sua utilidade,
não sonho negar o facto,
entre inverdade e verdade,
dá um empurrão ao acto.
Quando se sentir ousado
talvez tomorrow, mañana:
corte pelo picotado,
e jogue fora a badana.
3 Comments:
Ó, a singeleza do acto! Bem-vindo de volta à blogosfera, caro Óscar Machico. Ou estarei enganado?
Há uma certa e determinada editora que me parece ter o hábito de usar badanas prontas a picotar. A poesia do real deve ser isto. Apenas uma ressalva: não será rima entre banana e badana um pouco ousada?
Prezado Sérgio: quiçá, quiçá, quiçá.
Caríssimo RS: Não estais, não estais.
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